quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Dia 6: Shinjuku

Hoje acordei um pouco mais tarde do que nos outros dias. Como hoje eu ia para Shinjuku e não tinha muitos planos, não me importei e ainda aproveitei para lavar as roupas dos dias anteriores. Como é tudo automático, de só precisar colocar a roupa e as moedas, foi muito fácil (mas se for necessário fazer outra coisa, fiz errado).

Mas mesmo assim consegui perder uma meia no processo. Devo ter esquecido dentro da máquina de lavar, mas como quando voltei lá já tinha outra mulher usando a mesma máquina que usei, deixei pra lá.

Cheguei na estação de Shinjuku e aproveitei para almoçar e sentar um pouco. Tinha restaurantes na própria estação, então escolhi uma, entrei, fiz o pedido na entrada e me virei para encontrar um lugar para sentar. Daí eu vi todo mundo de pé e percebi que lá não tinha lugar pra sentar... Comi o meu karê e me xinguei por isso depois de sair no sol quente. Comer karê no calor não é muito inteligente. Mas é que as fotos das comidas na frente do restaurante estavam tão apetitosas...

Saí de lá para procurar a loja da Square Enix. Me localizei no gps e me botei a andar. Fiquei assustado com o tamanho do prédio em que fica a estação e filmei um pouco. Pelo que entendi, há várias lojas de departamento juntas, por isso o tamanho.

Depois de muito a andar (e ter parado em um combini para ficar um pouco no ar condicionado), encontrei a loja. Lá tem bastante coisa de Dragon Quest, acho que pela comemoração do aniversário de 25 anos. Tinha jogos também, mas todos japoneses, obviamente.

No andar de cima ficam as coisas mais caras, como bonecos maiores, algumas jóias, e aquilo pelo qual eu fazia questão de ir a esta loja: uma estátua do Sephiroth (de Final Fantasy VII) em tamanho real. Perguntei para a atendente se podia tirar fotos, ela falou que sim, então aproveitei. Saí de lá com um chaveiro de Final Fantasy VII, um negocinho para celular, um slime dourado, e outro azul.

De lá, eu queria ir na Tokyo Government Building, que é um par de prédios altos do governo, e o público pode subir no observatório para tirar fotos.

Mas quem disse que eu conseguia encontrar?

Shinjuku está cheio de prédios super altos, então não consegui descobrir facilmente os que eu queria. Os mapas do gps são um pouco diferentes dos do Google Maps, então nem com o gps eu sabia muito bem por onde ir.

Vi dois prédios gêmeos extremamente altos, então pensei "é aqui". Entrei em um deles e fui procurando indicações de como subir no observatório. Então encontrei o nome do prédio, que era "Shinjuku alguma-coisa plaza". Ops, prédio errado...

Saí e fui na direção que parecia ser a certa. Vi uma placa "Tokyo Government ..." e uma seta para a direita. Tinha uma entrada para a direita, então entrei lá. Andei pelo estacionamento e cheguei na entrada do prédio. Perguntei para um funcionário se era o lugar, e ele me apontou para um prédio mais para a frente... Aquela seta na placa era para virar na próxima rua, não que era a entrada do lado da placa...

Quando finalmente cheguei lá, fui ao balcão de informações para saber como fazia para subir, e a funcionária me falou que era no prédio ao lado... Quando finalmente cheguei lá de novo, o balcão de informações estava sem ninguém e não vi indicações sobre onde ir. Aproveitei para sentar um pouco.

Quando a funcionária finalmente voltou, perguntei e ela respondeu que tinha que descer uma escada lá perto (sem sinalizações) e de lá pegar o elevador. Depois de ter minha mochila revistada, pude subir.

A vista de lá era legal, e percebi que por mais alto que o prédio fosse (o observatório ficava no andar 45), tinha prédios tão ou mais altos por perto. Lá ainda aproveitei para tomar uma raspadinha, e comprei bolinhos em forma de Doraemon.

De lá fui dar um rolezinho nas lojas de departamento coladas à estação, enquanto não dava hora do bar da Capcom abrir. Basicamente tinha só roupas, e como já tinha visto roupas mais interessantes em Harajuku, cansei logo e arranjei um lugar para sentar.

Indo para o bar, comecei a reparar nas ruas e prédios, e gostei bastante. As ruas eram absurdamente estreitas, algumas até mesmo proibida para carros, mas mesmo assim havia incontávais prédios, comércio e pessoas andando.

Ao chegar no bar da Capcom, falei com um atendente do prédio, que entrou na porta fechada do bar, e logo depois veio um garçom com um cartão com o número da mesa. Ele falou algo em japonês - o atendente falou algo do naipe de "nihongo hanashimasen" - e fui levado para o interior do bar.

Logo ao entrar, um dos garçons gritou alto apontando pra mim e todo mundo bateu palmas!!! Fiquei envergonhado mas achei divertido. Logo depois uma garçonete conversou um pouco comigo em inglês e me entregou um livreto com as regras do lugar. Daí entendi que lá há "turmas" de clientes a cada duas horas. Nessas duas horas, a gente pode pedir as comidas e bebidas, jogar os jogos que têm lá, tirar fotos (uêba!) mas não filmar (ok...) e etc., mas no final do turno das duas horas tínhamos que sair para a próxima leva de clientes entrar.

Bebi dois soft drinks (sem álcool), um bolo/sorvete em forma de cérebro, e um tofu com tempero picante. Mas a atração do lugar não é nem a comida, e sim os garçons. Dependendo das comidas e bebibas, eles encenavam alguma coisa. Uma das minhas bebidas se chamava Ryu's Hadouken. Quando o garçom me serviu, colocou a bebida na mesa, fez a pose clássica e gritou "hadouken!!!".

Para outros pratos e bebidas, rolava até uma encenação de uma luta de Street Fighter, e outros faziam os garçons encenarem um julgamento de Phoenix Wright. Uma das bebidas fez todos os garçons gritarem "Shoryuken!!!". Uma das coisas que me fez gostar bastante do lugar é que todos os garçons passavam a sensação de gostar de trabalhar lá. Lá ainda joguei um pouco de Street Fighter de 3DS. Infelizmente não postarei nenhuma foto de lá agora, porque as fotos tirei com minha outra câmera.

Lá comprei um livro com arte de Resident Evil Revelations, e uma sacola surpresa de Monster Hunter. Neste tipo de sacola vem vários produtos, mas a gente não pode saber exatamente o que até comprar. É meio que uma loteria, e teoricamente o preço do conjunto é menor do que a soma de cada item separado. A garçonete estava sendo tão simpática comigo que eu aceitei comprar. Vieram umas coisas legalzinhas.

Saindo de lá, me entregaram dois papéis com quadrados. Um deles era carimbado a cada vez que eu fosse lá. Outro era carimbado a cada comida ou bebida diferente que eu pedisse. Ao completar uma das tabelas, eu ganharia um prêmio. Obviamente, nunca vou completar. Mas achei uma ótima ideia para fazer os clientes voltarem e pedirem coisas diferentes.

Depois disso ainda ia dar uma passada em Kabukicho, o distrito da luz vermelha de Tóquio. Mas como já estava cansado e dizem que de dia o lugar parece como as outras partes de Shinjuku, acabei deixando pra lá.

Voltei para o hotel, dei uma bizoiada em tudo que comprei, tomei um banho, comi bobeiras por preguiça de sair, e agora me preparo para dormir. Amanhã pretendo ir nas torres mais famosas do Japão, a Tokyo Tower e a Skytree.

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